JANEIRO, FEVEREIRO E MARÇO | 2026
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Agenda - Janeiro, Fevereiro e Março | 2026
O poder e a necessidade da palavra
O poder e a necessidade da palavra e do teatro na luta por uma sociedade livre e mais justa são eixos do programa do primeiro trimestre de 2026. Com Margarida Vila-Nova em “À Primeira Vista” vamos falar do patriarcalismo da lei; em “Órfãos”, do Teatro da Rainha, vamos ajudar a desmontar a lógica do “nós ou eles”, das “pessoas de bem vs. pessoas de mal”; num monólogo radical, a partir de “Memórias do Subterrâneo”, Sara Ribeiro reflecte sobre o paradoxo da liberdade humana; a Urze Teatro recupera, com “A Mãe”, de Bertolt Brecht, «uma narrativa de aprendizagem e emancipação, onde a transformação individual se converte em metáfora da luta colectiva pela libertação dos povos»; A Filandorra propõe, com “Um Pedido de Casamento”, de Tchékhov, uma sátira sobre o casamento das classes privilegiadas da sociedade russa do século XIX, com «uma temática contínua e transversal a todas as épocas – a da felicidade e identidade pessoal»; e, por fim, com a peça mundialmente célebre “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”, de Tiago Rodrigues, vamos colocar questões urgentes e incómodas: «Há lugar para a violência na luta por um mundo melhor? Podemos violar as regras da democracia quando procuramos melhores formas de a defender?»
Ainda tendo como eixo o poder transformador da palavra, fundida com a música e a performance física, vamos celebrar o Dia Mundial da Poesia com La Negra, «numa experiência transformadora, um ritual artístico de libertação e expansão da consciência individual e colectiva».
A fusão de géneros tem historicamente um apogeu na ópera, género que neste trimestre conta com uma estreia absoluta: “Amor de Perdição”, a partir de Camilo Castelo Branco, com música de Fernando C. Lapa e libreto de Eduarda Freitas, um projecto da CCDR NORTE, com o apoio do Município de Vila Real e em co-produção com o TVR.
A ópera é também apresentada ao público mais novo com o concerto participativo “Vocalini”.
Ainda no domínio dos grandes géneros clássicos, o ballet regressa ao Teatro de Vila Real a abrir o ano com o bailado “O Lago dos Cisnes”, pela Classic Stage, com música de Tchaikovsky coreografia de Marius Petipa.
Continuando pela dança, para um público dos 3 aos 100, é apresentada a peça coreográfica “Honori Perpatimata”, pela Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo.
O público infanto-juvenil pode contar ainda com peças do TNDMII e da Peripécia Teatro.
Na música, vamos desde a clássica, com os concertos do pianista duriense Pedro Teixeira e da Orquestra do Norte, passando pela música erudita contemporânea de Paulo Vaz de Carvalho com o Oniros Ensemble e pela pop de Miguel Araújo e Sofia Leão (artista revelação de 2025) à música moderna portuguesa reunida no BOREAL – Festival de Inverno que, além de 6 concertos de artistas emergentes, conta com os Best Youth e os Três Tristes Tigres (e um fantástico novo álbum).
Para concluir, voltamos à importância da palavra, abordada em duas Conversas de Bastidores, com o poeta, dramaturgo e encenador Henrique Manuel Bento Fialho e com o actor de “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas” e recitador integral de “Os Lusíadas” António Fonseca. Vítor Nogueira, também poeta e dramaturgo, e José Luís Ferreira, programador artístico e performer, serão os moderadores.
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